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Jornalista é acusado de espionagem na China
Um jornalista chinês, detido em 2022, foi formalmente acusado de espionagem na China, de acordo com uma associação de defesa dos meios de comunicação, o mais recente exemplo do declínio da liberdade de imprensa na potência asiática nos últimos anos.
Dong Yuyu, de 61 anos, escrevia editoriais para o jornal conservador Guangming Ribao, controlado pelo Partido Comunista do país.
O jornalista foi preso em fevereiro de 2022 enquanto almoçava com um diplomata japonês em Pequim, de acordo com um comunicado emitido por sua família na última segunda-feira (24) e consultado pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), com sede nos Estados Unidos.
O Ministério das Relações Exteriores do Japão informou no ano passado que na ocasião, o diplomata chegou a ser interrogado por algumas horas.
No mês passado, os familiares de Dong Yuyu foram notificados de que o comunicador seria "julgado por espionagem", segundo o CPJ, citando a declaração de sua família.
"Por mais de um ano, sua família não havia feito nenhum anúncio público sobre os detalhes de sua prisão" para evitar qualquer medida de retaliação, disse um de seus colegas à AFP.
Ele "espera que essas acusações falsas sejam retiradas", acrescentou.
Na China, uma pessoa culpada de espionagem pode ser condenada a uma pena de prisão de três a 10 anos, nos casos menos graves, e até mesmo à prisão perpétua, nos casos mais graves.
Os artigos de Dong Yuyu também foram publicados nas edições em mandarim do jornal americano New York Times e do britânico Financial Times.
R.Lee--AT