Arizona Tribune - Presidente do Palmeiras questiona silêncio do futebol sobre casos Daniel Alves e Robinho

Presidente do Palmeiras questiona silêncio do futebol sobre casos Daniel Alves e Robinho
Presidente do Palmeiras questiona silêncio do futebol sobre casos Daniel Alves e Robinho / foto: Nelson ALMEIDA - AFP/Arquivos

Presidente do Palmeiras questiona silêncio do futebol sobre casos Daniel Alves e Robinho

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, questionou, nesta quinta-feira (21), o silêncio do mundo do futebol sobre as condenações por estupro de Robinho e Daniel Alves, referindo-se a estes casos como "um tapa na cara" das mulheres.

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A dirigente, uma das poucas mulheres no comando de um time da primeira divisão, está em Londres como chefe da delegação da Seleção Brasileira, que disputa um amistoso contra a Inglaterra no estádio de Wembley, no sábado (23).

"Ninguém fala nada, mas eu, como mulher aqui na chefia da delegação, tenho que me posicionar sobre os casos do Robinho e Daniel Alves", disse ao UOL.

"Isso é um tapa na cara de todas nós, mulheres, especialmente o caso do Daniel Alves, que pagou pela liberdade. Acho importante eu me posicionar. Cada caso de impunidade é a semente do crime seguinte", acrescentou.

Leila Pereira foi nomeada chefe da delegação pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para os dois amistosos que serão disputados na Europa este mês. O jogo seguinte será na próxima terça-feira (26), contra a Espanha, em Madri.

Até o momento a CBF não se pronunciou sobre as sentenças dos dois ex-jogadores de 40 anos. Tampouco seus ex-companheiros de equipe ou clubes em que jogaram.

O ex-atacante Robinho deverá cumprir no Brasil sua pena de nove anos de prisão por um estupro coletivo a uma jovem na Itália em 2013, após o Superior Tribunal de Justiça aceitar o pedido da Justiça italiana para que homologasse a condenação imposta em 2017 e ratificada em 2022.

A decisão judicial coincidiu com a autorização de um tribunal espanhol para que Daniel Alves deixasse a prisão mediante o pagamento de uma fiança de um milhão de euros (5,4 milhões de reais), enquanto se aguarda o recurso sobre sua sentença.

O ex-lateral-direito foi condenado em fevereiro a quatro anos e meio de prisão por estuprar uma jovem em uma boate em Barcelona em 2022.

G.P.Martin--AT