- Napoli mostra força de líder e vence Atalanta; Juventus bate Milan
- Netanyahu promete trazer de volta "todos os reféns" durante trégua em Gaza
- Bayern de Munique e Bayer Leverkusen vencem e mantêm disputa pela liderança no Alemão
- Justiça sul-coreana prolonga detenção do presidente Yoon
- Juventus vence Milan e se vinga da derrota na semifinal da Supercopa
- Líder PSG vence Lens de virada fora de casa no Francês
- Milhares protestam contra Donald Trump em Washington
- Donald Trump lança a própria criptomoeda, que tem valorização bilionária
- Liverpool desencanta no fim e vence Brentford no Campeonato Inglês
- Goretzka faz 2 e Bayern vence Wolfsburg no Campeonato Alemão
- TikTok, de aplicativo de entretenimento a problema de segurança nos EUA
- Conheça os Trump: a família do magnata está de volta
- Bolsonaro espera que Trump ajude a reverter sua inelegibilidade
- Mídia americana se organiza para o retorno 'vingativo' de Trump
- Como os cães rastreiam as vítimas dos incêndios em Los Angeles
- Meloni, na linha de frente da UE para seduzir Trump
- TikTok, a algumas horas de desaparecer nos EUA
- Holocausto cigano: um genocídio esquecido
- Governo Lula é forçado a recuar sobre Pix frente a uma onda gigante de desinformação
- Acordo de cessar-fogo em Gaza entrará em vigor no domingo
- Fundador do Telegram reconheceu 'gravidade' dos fatos de que a Justiça francesa o acusa
- Justiça sul-coreana analisa pedido para prolongar prisão de Yoon
- Trump lançará prisões em massa de migrantes sem documentos a partir de terça-feira
- Audiência para analisar pedido de libertação dos irmãos Menéndez é adiada nos EUA
- Número 4 do mundo, Jasmine Paolini cai na 3ª rodada do Aberto da Austrália
- Sinner emenda 17ª vitória seguida e vai às oitavas do Aberto da Austrália
- Swiatek atropela Raducanu e vai às oitavas do Aberto da Austrália; Bia Haddad é eliminada
- Aos 38 anos, Monfils vence Fritz e vai às oitavas do Aberto da Austrália
- Swiatek atropela Raducanu e vai às oitavas do Aberto da Austrália
- TikTok pode encerrar operações nos EUA no domingo após decisão da Suprema Corte
- Benfica goleia Famalicão (4-0) e alcança Sporting na liderança
- Governo de Israel aprova acordo de trégua em Gaza
- EUA reforça segurança na fronteira com México antes da posse de Trump
- Monaco é derrotado pelo lanterna Montpellier e perde 3º lugar para o Lille no Francês
- Mesmo sem seu astro Marmoush, Eintracht vence (2-0) e mergulha Dortmund em crise
- PSG choca mercado do futebol ao contratar Kvaratshkhelia
- Argentina registra superávit fiscal anual por primeira vez desde 2010
- Denis Law, lenda do Manchester United e do futebol escocês, morre aos 84 anos
- Iranianos e israelenses são proibidos de entrar na Síria
- Petro suspende negociações com ELN após maior ataque durante seu governo
- EUA mantém em terra foguete Starship da SpaceX à espera de investigação
- ONGs estão prontas para levar ajuda humanitária a Gaza, embora temam obstáculos
- Juiz boliviano ordena prisão de Evo Morales por suposto tráfico de menor
- Chefe da AIEA diz que está confiante em trabalhar com Trump sobre programa nuclear iraniano
- UE e México encerram negociações a três dias da posse de Trump
- Indústria da música se prepara para iminente proibição do TikTok nos EUA
- Rússia e Irã assinam acordo para reforçar 'cooperação militar'
- STF reitera negativa a Bolsonaro para ir a posse de Trump
- Segurança da fronteira é a 'prioridade máxima', afirma futura secretária de Trump
- Bélgica demite técnico Domenico Tedesco após maus resultados
Estrangeiros fogem e combates prosseguem no Sudão
O êxodo em massa de estrangeiros prosseguia nesta segunda-feira (24) no Sudão, abalado por combates violentos entre o exército e um grupo paramilitar que já provocaram centenas de mortes, sem o vislumbre de uma solução para o conflito.
As explosões e os tiros são ouvidos de modo incessante há 10 dias na capital sudanesa, Cartum, e em outras regiões do país africano, mas as potências internacionais conseguiram negociar com os dois lados beligerantes a retirada de funcionários diplomáticos e cidadãos.
"Aproveitamos uma pequena janela de oportunidade", disse um porta-voz do governo britânico.
"Com os combates intensos em Cartum e o fechamento do principal aeroporto" desde 15 de abril, dia em que os confrontos começaram, uma retirada maior era "impossível", acrescentou a fonte.
Mais de 1.000 cidadãos da União Europeia (UE) foram retirados do país, afirmou o chefe da diplomacia do bloco, Josep Borrell.
A Espanha anunciou a saída de 100 pessoas, incluindo espanhóis e latino-americanos.
O governo dos Estados Unidos retirou funcionários do serviço diplomático, menos de 100 pessoas, em helicópteros.
A China, importante sócio comercial do Sudão, também retirou um primeiro contingente de cidadãos que moravam no país africano.
Vários países árabes também anunciaram a saída de centenas de pessoas.
Um libanês que viajou de ônibus declarou à AFP que conseguiu sair apenas com "uma camisa e um pijama". "Foi tudo que restou de depois de 17 anos no Sudão", lamenta.
Em Cartum, "nós estávamos em estado de sítio", conta. Os mais de cinco milhões de habitantes da capital não têm serviço de água nem energia elétrica há vários dias. E os alimentos também estão em falta.
"Estávamos com medo de ficar doentes ou feridos nos combates", acrescenta o homem, de pé entre um grupo de famílias que abandonaram a capital. "Tudo foi destruído".
A violência no país do nordeste da África, de 45 milhões de habitantes, explodiu em 15 de abril entre o exército do general Abdel Fatah al Burhan, governante de fato do Sudão desde o golpe de Estado de 2021, e seu grande rival, o general Mohamed Hamdan Daglo, líder das paramilitares Forças de Apoio Rápido (FAR).
Mais de 420 pessoas morreram e 3.700 ficaram feridas até o momento, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A maioria dos estrangeiros retirados integra o serviço diplomático. Muitas pessoas continuam aguardando uma vaga nos comboios que partem para a cidade de Porto Sudão, às margens do Mar Vermelho, ou para as bases aéreas nos arredores de Cartum.
Muitos funcionários diplomáticos foram levados para o Djibouti, pequeno país da região do Chifre da África, que abriga muitas bases militares estrangeiras.
- Medo -
Enquanto os esforços para retirar os estrangeiros prossegue, a preocupação aumenta sobre o destino dos sudaneses bloqueados entre os combates.
"Temo por seu futuro", escreveu no Twitter o embaixador norueguês Endre Stiansen.
Os cinco milhões de habitantes de Cartum só têm um pensamento: abandonar a cidade, cenário de caos.
Os dois lados trocam acusações sobre ataques contra prisões para libertar centenas de detentos, assim como de roubos a casas e fábricas.
Também foram registrados confrontos nas proximidades de agências bancárias, que foram esvaziadas.
Em um país onde a inflação já supera três dígitos em períodos normais, o preço do arroz ou da gasolina atingiu níveis recordes.
E isto representa um grande problema, já que a gasolina é crucial para escapar dos combates: um veículo precisa de muito combustível para chegar ao vizinho Egito - 1.000 quilômetros ao norte -, onde milhares de sudaneses pretendem obter refúgio. Ou para chegar a Porto Sudão, 850 km ao leste da capital, onde esperam embarcar em um navio.
“À medida que os estrangeiros fogem, o impacto da violência em uma situação humanitária já crítica no Sudão é agravado", alertou a ONU.
No meio do fogo cruzado, as agências das Nações Unidas e outras organizações humanitárias suspenderam suas atividades no país.
Cinco trabalhadores humanitários - quatro deles da ONU - morreram e, de acordo com o sindicato dos médicos, quase 75% dos hospitais estão fora de serviço.
- A fome ameaça -
Os combates violentos entre as forças dos dois generais não apresentam sinais de trégua.
Os tiroteios são intensos na capital e seus arredores. Caças sobrevoam a região e os blindados paramilitares avançam.
A disputa entre Burhan e Daglo começou com os planos de integrar as FAR ao exército oficial, um requisito crucial do acordo para a restauração da democracia no Sudão após o golpe militar que derrubou o ditador Omar al Bashir em abril de 2019.
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) advertiu que milhões de pessoas adicionais podem sofrer fome devido à violência, no terceiro maior país da África, onde em períodos normais um terço da população precisa de ajuda humanitária.
burs/pjm/mas-meb/zm/fp
T.Wright--AT