- Juiz de Nova York deve decidir caso de ex-atriz pornô contra Trump ou abandoná-lo
- Ucrânia promete nunca se render e Rússia volta a impor ameaça nuclear
- Reis voltam à região devastada em Valência após primeira visita caótica
- Emissário dos EUA chega ao Líbano para discutir trégua entre Israel e Hezbollah
- COP29 busca solução para bloqueio após um G20 sem avanços
- Atropelamento deixa várias crianças feridas na China
- Tribunal de Hong Kong condena 45 ativistas pró-democracia
- Argentino paga US$ 11,4 milhões por escultura de Leonora Carrington
- Maduro diz que libertações após crise eleitoral buscam 'justiça'
- Presidente paraguaio passa mal no G20 e é hospitalizado no Rio
- Acordo com o Mercosul: França 'não está isolada', afirma Macron
- Pontos-chave da declaração final do G20
- G20 fica longe de destravar COP29 apesar dos pedidos para conter crise climática
- França elogia decisão dos EUA de permitir uso de mísseis pela Ucrânia
- G20 cooperará para que super-ricos paguem impostos 'efetivamente'
- Espanha termina ano invicta; Croácia e Dinamarca vão às quartas da Liga das Nações
- Bombardeio israelense deixa cinco mortos no centro de Beirute
- G20 alerta para papel da IA na desinformação e nos discursos de ódio
- Brasil e Uruguai, um duelo de grande rivalidade para afastar de vez a crise
- Croácia e Dinamarca completam quartas de final da Liga das Nações
- Trump prevê declarar estado de emergência e usar exército para deportar migrantes
- Kane acredita que seguirá defendendo a Inglaterra após a Copa de 2026
- Nadal garante que está na Davis para 'ajudar a vencer', não para se despedir
- Biden anuncia compromisso 'histórico' com fundo para países mais pobres
- Alcaraz diz que Copa Davis será emocionante por aposentadoria de Nadal
- Supercopa da França será disputada em janeiro no Catar
- Líderes do G20 tiram foto de família no Rio sem Joe Biden
- Bombardeio israelense deixa ao menos 5 mortos no centro de Beirute
- Tempestade tropical deixa quatro mortos em Honduras e Nicarágua
- Coreia do Sul extradita cidadão russo aos EUA por propagação de ransomware
- Governo da Venezuela denuncia ataques contra instalações petrolíferas e culpa oposição
- Boeing inicia demissões para reduzir 10% dos funcionários
- Partido opositor pede anulação das eleições gerais de outubro em Moçambique
- Rússia afirma que EUA inflama conflito ao permitir que Ucrânia utilize mísseis americanos
- Trump prevê declarar estado de emergência e utilizar exército para deportar migrantes
- Tempestade tropical Sara deixa dois mortos e mais de 120.000 afetados em Honduras
- Trump prevê declarar estado de emergência nacional para deportar migrantes
- Turbulências globais marcam o início da cúpula do G20
- Este é o julgamento de 'toda uma família destruída', afirma um dos filhos de Gisèle Pelicot
- Com adesão de 81 países, Brasil lança Aliança Global contra a Fome e a Pobreza
- IA parece estar desacelerando em seu caminho para se igualar à humanidade
- No Rio, presidente chinês afirma que mundo adentra um 'período de turbulência e mudança'
- IA parece estar desacelerando em caminho para se igualar à humanidade
- Mediterrâneo perdeu 70% de sua água há 5,5 milhões de anos
- Músico e produtor americano Quincy Jones recebe Oscar póstumo
- França pode bloquear acordo comercial entre UE e Mercosul?
- América Latina na mira do primeiro hispânico à frente da diplomacia dos EUA
- Uruguaio Rodrigo Bentancur suspenso por sete jogos por comentário racista
- ONU pede fim do 'teatro' nas negociações do clima na COP29
- Rússia afirma que EUA inflama conflito ao permitir que Ucrânia utilize seus mísseis
Trauma da guerra persegue soldados israelenses feridos em Gaza
Quando uma granada destroçou sua perna durante uma missão de resgate de um refém em Gaza, o soldado israelense Barak pensou em suicídio para evitar ser sequestrado pelos combatentes palestinos.
Agora, seguro em um hospital em Tel Aviv, é a explosão da granada que ainda o assombra meses depois.
"Ela explodiu bem ao meu lado", explica à AFP o soldado de 32 anos, oriundo de Acre, no norte de Israel.
Barak, que não quer revelar seu sobrenome para manter a privacidade, foi ferido em dezembro no centro da Faixa de Gaza.
Assim como muitos soldados israelenses enviados a Gaza, ele não só luta contra doenças físicas, mas também psicológicas.
“Tudo se resume a essa grande explosão que leva você (…) de estar completamente em forma a ficar arrasado e prestes a morrer”, confessa.
“Você ouve, sente o cheiro do chumbo”, diz ele, descrevendo os pesadelos recorrentes que sofreu desde então.
Ele também lançou uma granada contra combatentes palestinos que atiraram nele.
Barak não conseguiu alcançar a pistola para tirar a própria vida. A perda de sangue o fez desmaiar e acordar apenas sete dias depois.
Os pesadelos são intensificados pelo zumbido persistente nos ouvidos. É como estar “em choque o tempo todo”, explica ele.
- Sequelas de anos -
Einav Ben Hur, chefe dos serviços sociais em Tel Aviv no Ministério da Defesa de Israel, viu o número de casos semelhantes disparar desde o início da guerra em Gaza.
"É importante proporcionar tratamento porque sabemos que esses sintomas podem continuar por anos", afirma.
Em muitos casos, "os soldados não lembram do que viveram, recordam (algo como) um cheiro", um ruído ou uma imagem", explica.
Do seu escritório em Tel Aviv, ela coordena o tratamento psicológico dos soldados.
"Isso é parte dos danos causados pela guerra", diz. "A guerra fere a alma. Não creio que o exército possa evitar”, acrescenta.
O Centro de Trauma e Resiliência de Israel, que administra uma linha de apoio à saúde mental para o Ministério da Defesa, recebeu inúmeras ligações de soldados e suas famílias desde o início do confronto em 7 de outubro.
Ben Hur diz que os soldados que perderam companheiros são os mais afetados. As unidades onde as pessoas morreram “são onde há o maior trauma”.
“Sabemos que os soldados tiveram que juntar os pedaços dos amigos” que voaram pelo ar, explica.
“Ver um cadáver (...) com falta de órgãos, cheiro de morte, isso é o que dizem que é muito difícil para eles”, continua.
- "Só quero viver" -
Saar Ram, um reservista que liderava uma unidade de tanques em Gaza, sofreu uma fratura no crânio durante uma emboscada de combatentes islamistas que saíram de um túnel.
Sua memória mais vívida desse dia é o que aconteceu com seus amigos.
“Depois fui lá ver os tanques, os tanques queimados (…) houveram amigos meus que morreram lá, mas esta imagem do tanque, do tanque queimado, é algo que nunca esquecerei”, disse à AFP.
Ainda que Ben Hur, a diretora dos serviços sociais, não tenha mencionado matar pessoas como fonte de trauma, Barak, discreto em sua experiência, garante que isso pesa.
"Não se pode manter o equilíbrio se você mata alguém. Não importa se a razão é correta ou não", diz.
“Não tenho ambições na vida agora, absolutamente nada (...) só quero viver.”
A.Taylor--AT