Arizona Tribune - Envio das primeiras cédulas inaugura nova fase nas eleições presidenciais dos EUA

Envio das primeiras cédulas inaugura nova fase nas eleições presidenciais dos EUA
Envio das primeiras cédulas inaugura nova fase nas eleições presidenciais dos EUA / foto: Brendan SMIALOWSKI, Patrick T. Fallon - AFP/Arquivos

Envio das primeiras cédulas inaugura nova fase nas eleições presidenciais dos EUA

As eleições presidenciais dos Estados Unidos entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris entram em uma nova fase nesta sexta-feira (6) com a Carolina do Norte, que começará a enviar as cédulas de votação pelo correio.

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Está previsto que o envio de mais de 100.000 cédulas para as eleições de 5 de novembro comece nesta tarde.

Este estado do sudeste do país é um dos seis ou sete que podem determinar o vencedor das eleições.

Trump ganhou por uma margem estreita de Joe Biden na Carolina do Norte em 2020, mas Kamala conta com o apoio dos afro-americanos e dos jovens para derrotar o magnata.

- Empatados -

Os dois candidatos à presidência estão empatados nas pesquisas e as eleições prometem ser tensas, já que Trump sugeriu várias vezes que só aceitará o resultado das urnas em caso de vitória.

O ex-presidente republicano, que perdeu a vantagem que tinha sobre Joe Biden antes que este último se retirasse da corrida eleitoral em 21 de julho, tenta ganhar terreno antes de um debate esperado com Kamala Harris em 10 de setembro.

O septuagenário fará uma coletiva de imprensa às 12h locais (13h de Brasília) em Nova York e depois seguirá em direção à Carolina do Norte para discursar perante um poderoso sindicato policial.

Trump acusa Biden e Kamala de serem responsáveis por uma onda de crimes vinculada à imigração ilegal, algo que as estatísticas desmentem.

Segurança e imigração continuam sendo temas em que Kamala Harris demonstra um déficit de credibilidade, de acordo com várias pesquisas.

- Debate -

Sua equipe de campanha divulgou nesta sexta-feira uma carta de apoio assinada por agentes de polícia.

"Em novembro, os americanos terão que escolher entre alguém que passou a vida fazendo cumprir nossas leis e alguém que foi condenado por violá-las", diz a mensagem, em referência à carreira de Kamala como promotora e à condenação penal de Trump em um caso de pagamentos ocultos a uma ex-atriz pornô.

O republicano, processado em vários outros casos e acusado especialmente de tentar alterar o resultado das eleições de 2020, realizará um comício no sábado em Wisconsin, outro estado muito disputado.

Sua rival instalou na quinta-feira na Pensilvânia seu acampamento base para preparar o debate com Trump, que será realizado na emissora ABC, na Filadélfia.

A vice-presidente concede nesta sexta-feira sua segunda entrevista desde que entrou na corrida eleitoral, desta vez para uma emissora de rádio em espanhol.

- Centenas de milhões -

De acordo com a imprensa, Kamala fará várias aparições públicas antes do confronto televisivo. Ela quebra assim com a estratégia de Biden, que se isolou por vários dias para preparar o debate de junho contra Donald Trump, em uma decisão que pouco ajudou. Seu desempenho foi tão catastrófico que os próprios democratas o forçaram a desistir.

Harris, de 59 anos, conta com uma arrecadação de 361 milhões de dólares (R$ 2 bilhões na cotação atual) em agosto, "três vezes mais" do que o lado oposto, segundo sua equipe, para financiar a campanha.

Isso eleva o montante arrecadado desde a entrada da vice-presidente na campanha para 615 milhões de dólares (R$ 3,4 bilhões), segundo um comunicado.

Kamala Harris gastará 370 milhões de dólares (R$ 2,1 bilhões) em publicidade, que será transmitida pela televisão e internet, até o dia 5 de novembro.

A equipe de campanha de Donald Trump informou na quarta-feira que arrecadou 130 milhões de dólares (R$ 728,6 milhões) em agosto e possui um fundo de guerra eleitoral de 295 milhões de dólares (R$ 1,6 bilhão) disponíveis imediatamente.

G.P.Martin--AT