Arizona Tribune - Conservadores lideram eleições na Bulgária, mas ainda sem maioria para governar

Conservadores lideram eleições na Bulgária, mas ainda sem maioria para governar
Conservadores lideram eleições na Bulgária, mas ainda sem maioria para governar / foto: Nikolay Doychinov - AFP

Conservadores lideram eleições na Bulgária, mas ainda sem maioria para governar

Os conservadores liderados pelo ex-primeiro-ministro Boiko Borisov lideram os resultados das eleições legislativas deste domingo (27) na Bulgária, mas a incerteza persiste sobre as possíveis combinações para formar um governo estável, depois de sete eleições em três anos e meio.

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Como na última eleição de junho, o partido Gerb lidera com 26% dos votos, à frente dos liberais pró-europeus da coalizão PP–DB, (15%) e dos nacionalistas pró-Rússia do Vazrajdane (13%), segundo pesquisas de boca de urna.

Estas são as sétimas eleições legislativas desde 2021 no país mais pobre da União Europeia, o que gera cansaço na população e favorece a emergência da extrema direita pró-Rússia.

Além disso, perdem força na Bulgária as aspirações de mudança demonstradas no verão boreal de 2020, com enormes manifestações anticorrupção contra o governo conservador de então.

Obrigado a se retirar após esses protestos, Borisov e seu partido Gerb venceram as últimas eleições de junho, mas tiveram problemas para encontrar aliados e formar governo, algo que, ao que tudo indica, deve acontecer novamente.

Em junho, apenas 34% dos eleitores compareceram às urnas, o mínimo desde a queda do comunismo há 35 anos. Neste domingo, o índice aumentou ligeiramente, registrando 35% de participação uma hora antes do fechamento das urnas.

"Estamos fartos de ficar presos neste carrossel que dá voltas e voltas, com o mesmo resultado final", disse Aneliya Ivanova, uma profissional de informática de 33 anos em Sófia, a capital.

Os reformistas da coalizão PP–DB perderam fôlego neste período de instabilidade. Em contrapartida, os nacionalistas pró-russos do Vazrajdane (Renascimento) fincam suas raízes no panorama político do país que, apesar de integrar OTAN e UE, ainda é muito russófilo.

Borisov abriu as portas para uma aproximação com esse partido, mas reconhece que seus aliados em Bruxelas e Washington não veriam isso com bons olhos.

Quando governava, o conservador de 65 anos procurou tratar bem a Rússia, respeitando as diretrizes de UE e Otan, mas depois da invasão da Ucrânia se posicionou claramente contrário a Moscou.

E.Flores--AT