Arizona Tribune - Mercados recebem favoravelmente retorno de Trump à Casa Branca

Mercados recebem favoravelmente retorno de Trump à Casa Branca
Mercados recebem favoravelmente retorno de Trump à Casa Branca / foto: CHARLY TRIBALLEAU - AFP

Mercados recebem favoravelmente retorno de Trump à Casa Branca

O dólar disparou, as bolsas de valores subiram e o bitcoin bateu um recorde nesta quarta-feira (6), após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, que, segundo analistas, poderá reacender a inflação.

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O republicano Donald Trump retorna à Casa Branca após derrotar a sua rival, a democrata Kamala Harris, quatro anos depois de perder para Joe Biden.

"Até agora, os mercados seguem o mesmo cenário da vitória de Trump em 2016: as ações sobem, enquanto os títulos do Tesouro americano de longo prazo são vendidos em antecipação à expansão fiscal", observa Gordon Shannon, gestor de carteira da TwentyFour Asset Management.

A atenção dos mercados deveria "concentrar-se nas consequências inflacionárias das tarifas e da redução da imigração", acrescenta.

- Dólar dispara -

O dólar subiu em relação à maioria das outras moedas. Em relação ao euro, chegou a disparar brevemente mais de 2%, um câmbio especialmente significativo para o mercado de divisas.

O Dollar Indez, que compara a moeda americana a uma cesta de divisas, alcançou seu nível mais alto desde o início de julho, a 105,311 pontos.

Por outro lado, "no México, a preocupação com possíveis aumentos de tarifas alfandegárias derruba o peso", comentam analistas do Saxo Bank. A moeda mexicana operava em queda de 2,68%, a 20,65 pesos o dólar.

Já o bitcoin registrou alta de 7,69%, a 74.483,26 dólares (429,3 mil reais), depois de ter alcançado um novo recorde de 75.371,67 dólares (435 mil reais), encorajado pela perspectiva de flexibilização regulatória quando Donald Trump voltar à Presidência.

- Bolsas europeias no vermelho

Wall Street abriu em forte alta após a vitória de Trump. Por volta das 14h45 GMT (11h45 de Brasília), o Dow Jones subia 3,08%, enquanto o Nasdaq avançava 2,12% e o índice ampliado S&P subia 2%. Desde a abertura, Dow Jones e S&P 500 estabeleceram novos recordes.

Os preços do petróleo oscilaram, penalizados pela alta do dólar e pela incerteza geopolítica. Por volta das 17H GMT (14h em Brasília), o preço do barril do Brent do Mar do Norte para entrega em janeiro operava em queda de 0,40%, aos US$ 75,23. O West Texas Intermediate (WTI) para entrega em dezembro caiu 0,15%, aos US$ 71,88.

Pouco se sabe sobre o futuro governo Trump, mas o novo presidente já declarou que confiaria a responsabilidade de uma auditoria ao Estado americano a Elon Musk, que gastou mais de 110 milhões de dólares (636 milhões de reais) da sua fortuna na campanha do republicano.

As bolsas europeias, inicialmente aliviadas com o fim da incerteza, fecharam em queda, pois os investidores avaliaram os projetos de barreiras alfandegárias que poderiam afetar as empresas do Velho Continente. Madri (-2,90%), Frankfurt (-1,13%), Milão (-1,54%), Paris (-0,51%) e Londres (-0,07%) reverteram a tendência ao longo do dia.

O republicano quer elevar as tarifas alfandegárias em 10% e 20% para todos os produtos que entram nos Estados Unidos e até 60% para os vindos da China, e inclusive 200% para alguns tipos de bens.

P.A.Mendoza--AT