Arizona Tribune - Ucrânia emite alerta de bombardeios para quase todo território após ataques russos

Ucrânia emite alerta de bombardeios para quase todo território após ataques russos
Ucrânia emite alerta de bombardeios para quase todo território após ataques russos / foto: Tatyana Makeyeva - AFP

Ucrânia emite alerta de bombardeios para quase todo território após ataques russos

A Ucrânia emitiu alerta de ataques aéreos para grande parte de seu território nesta segunda-feria (11) devido à decolagem de bombardeiros russos, após ataques que mataram seis pessoas durante a noite.

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"Atenção! Perigo de mísseis em toda a Ucrânia! Decolagem dos (bombardeiros) MiG-31K russos", publicou a Força Aérea ucraniana no Telegram.

A nota também afirma que oito bombardeiros estratégicos Tupolev Tu-95 seguiam em direção à Ucrânia.

Os Tu-95 são bombardeiros de longo alcance que podem transportar mísseis de cruzeiro. O MiG-31 é um avião interceptor e de ataque que geralmente acompanha os bombardeiros estratégicos.

As autoridades ucranianas informaram que pelo menos seis pessoas morreram em bombardeios russos nas cidades de Mykolaiv e Zaporizhzhia, no sul do país.

Cinco pessoas morreram nos ataques a Mykolaiv e uma em Zaporizhzha, segundo os governadores das duas regiões.

A intensificação dos ataques aconteceu depois que o jornal Washington Post informou que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou com o presidente russo, Vladimir Putin, sobre o objetivo de paz no continente europeu.

O jornal, que cita fontes que falaram sob anonimato, afirma que Trump lembrou a Putin a grande presença militar dos Estados Unidos na Europa.

O presidente eleito também manifestou interesse em futuras conversas para discutir uma "solução em breve próxima para a guerra na Ucrânia".

A AFP entrou em contato com a equipe do presidente eleito dos Estados Unidos, que não confirmou a informação.

O Kremlin considerou que Trump deu "sinais positivos" a respeito de uma resolução do conflito entre Rússia e Ucrânia.

"Os sinais são positivos. Trump, durante a campanha eleitoral, disse que vê tudo isto (o conflito na Ucrânia) por meio de acordos. E que ele pode obter um acordo que leve à paz", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, em entrevista à imprensa estatal.

Trump também conversou no domingo com o chanceler alemão Olaf Scholz e ambos "concordaram em trabalhar juntos para o retorno da paz à Europa", segundo um porta-voz do governo de Berlim.

Trump tomará posse como presidente em 20 de janeiro e, no momento, o conflito não apresenta sinais de calma.

- Duelo de drones -

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou que derrubou 34 drones ucranianos que seguiam para a região de Moscou no domingo, o maior ataque contra a capital russa desde o início do conflito em fevereiro de 2022.

Segundo a mesma fonte, outros 36 drones foram derrubados em duas regiões vizinhas a Moscou e em outras três próximas da fronteira com a Ucrânia.

O ataque, que forçou o fechamento temporário de três aeroportos em Moscou, feriu uma mulher de 52 anos e provocou o incêndio de duas residências na localidade de Ramenskoye, na região da capital russa, segundo as autoridades.

Na semana passada, a Rússia efetuou um ataque em larga escala com drones contra a capital ucraniana, que é alvo de ataques praticamente diários há quase um mês.

Na madrugada de domingo, a Ucrânia foi alvo de um novo ataque "recorde" com 145 drones russos, denunciou na rede social X o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.

A Força Aérea ucranianas informou em um comunicado que 62 dos 145 drones foram neutralizados sobre 13 regiões do país.

As autoridades ucranianas não relataram vítimas ou danos.

A Ucrânia afirma que seus ataques, que geralmente têm como alvos instalações do setor de energia, são uma resposta aos intensos bombardeios russos contra seu território desde o início da ofensiva determinada por Vladimir Putin em fevereiro de 2022.

- Acordo Moscou-Pyongyang -

No front, a Rússia reivindicou no domingo a conquista da localidade de Vovtchenka, na região de Donetsk, leste da Ucrânia.

O vilarejo está localizado a cinco quilômetros de Kurakhov, uma cidade industrial que tinha quase 18.000 habitantes antes do conflito e abriga um grande depósito de lítio.

Putin assinou um acordo de defesa mútua com a Coreia do Norte, cujos soldados estão, de acordo com Kiev e Washington, prestes a se juntar aos russos que combatem as forças ucranianas.

Concluído durante uma visita de Putin a Pyongyang em junho, o acordo entre dois dos principais inimigos dos Estados Unidos prevê, entre outras coisas, uma "assistência militar imediata" recíproca no caso de um ataque a qualquer um dos países.

O acordo formaliza meses de crescente cooperação de segurança entre os dois países, aliados comunistas durante a Guerra Fria.

Com base em informações de inteligência, Coreia do Sul, Ucrânia e países ocidentais afirmam que a Coreia do Norte enviou cerca de 10.000 soldados para a Rússia para lutar na Ucrânia.

Questionado publicamente sobre este envio em outubro, Putin não negou o fato, desviando a pergunta para criticar o apoio ocidental à Ucrânia.

Kiev/fio/meb/jvb/val/mas/cjc/zm/fp

W.Nelson--AT