Arizona Tribune - O que se sabe sobre a tentativa de ataque ao STF

O que se sabe sobre a tentativa de ataque ao STF
O que se sabe sobre a tentativa de ataque ao STF / foto: EVARISTO SA - AFP

O que se sabe sobre a tentativa de ataque ao STF

Um dia depois de um homem ter morrido após tentar atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) com explosivos, segue abaixo o que se sabe sobre esse ato, que alarmou o país:

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- O que aconteceu exatamente? -

A primeira explosão ocorreu às 19h30, em um carro do autor do ataque estacionado perto da Praça dos Três Poderes, em Brasília. Em seguida, câmeras de segurança registraram o momento em que o homem avançou em direção ao STF e lançou um artefato contra a estátua da Justiça, a poucos metros da entrada do prédio.

O artefato não explodiu. Ao observar a aproximação de seguranças, o autor do ataque recuou e, após deixar outro aparente artefato no chão, tampouco acionado, lançou outros dois, um dos quais explodiu, sem deixar feridos. Em seguida, ele acendeu um último explosivo, deitou-se e o detonou.

- Quem era o autor? -

A polícia identificou o autor como Francisco Wanderley Luiz, um chaveiro de 59 anos natural de Santa Catarina. Nas eleições municipais de 2020, ele foi candidato a vereador pelo PL.

A investigação oficial apurou que Wanderley havia se instalado em Brasília meses antes de sua ação e alugado uma casa, onde foram encontrados mais explosivos de fabricação artesanal.

Segundo a imprensa, Wanderley teria publicado a seguinte mensagem em sua página no Facebook, retirada do ar após o ataque: "Cuidado ao abrir gavetas, armário, estantes, depósito de materiais, etc.. Início 17h48 do dia 13/11/2024... O jogo acaba dia 16/11/2024. Boa sorte!!!"

- Qual foi a motivação? -

A polícia informou hoje que a motivação de Wanderley é desconhecida, e que investiga possíveis conexões com os atos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram as sedes dos três poderes, um episódio investigado pela Justiça como tentativa de golpe de Estado. Sabe-se que Wanderley estava em Brasília nessa data, e autoridades investigam se ele participou do ataque.

Durante as buscas na casa de Wanderley, a polícia descobriu uma mensagem escrita dedicada a Débora Rodrigues, presa pelos atos do 8 de Janeiro. Ela foi processada por vandalizar a mesma estátua da Justiça atacada por Wanderley.

"Por favor, não desperdice batom!! Isso é para deixar as mulheres bonitas!!! Estátua de merda se usa TNT", escreveu Wanderley em um espelho de sua casa, segundo fotos divulgadas pela imprensa.

E.Hall--AT