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Trump demite primeira mulher a dirigir uma Força Armada dos EUA
O governo do presidente Donald Trump destituiu a almirante Linda Fagan, primeira mulher a liderar uma das seis forças armadas dos Estados Unidos, do cargo de chefe da Guarda Costeira.
"Ela teve uma longa e ilustre carreira, e agradeço pelo seu serviço à nossa nação", afirmou Benjamine Huffman, secretário interino do Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês), em uma mensagem direcionada à Guarda Costeira.
No entanto, um alto funcionário do DHS, ao qual esse braço militar está subordinado, foi muito mais crítico ao afirmar que Fagan foi destituída "devido às suas deficiências de liderança, falhas operacionais e incapacidade de avançar nos objetivos estratégicos da Guarda Costeira".
A almirante não enfrentou adequadamente as ameaças à segurança nas fronteiras, gerenciou mal aquisições, incluindo helicópteros, e deu "atenção excessiva" a programas de diversidade, equidade e inclusão, disse o funcionário sob condição de anonimato.
Houve também uma "erosão da confiança" na Guarda Costeira devido à sua gestão de uma investigação sobre acusações de agressão sexual, de acordo com essa fonte.
"A incapacidade de abordar adequadamente os problemas sistêmicos expostos por essa investigação destacou uma cultura de liderança pouco disposta a garantir a responsabilização e a transparência", acrescentou o funcionário.
Trump e outros republicanos têm criticado de forma recorrente os programas governamentais destinados a promover a diversidade no âmbito militar, principalmente.
Pete Hegseth, indicado pelo presidente republicano para liderar o Departamento de Defesa, declarou na semana passada que os cargos dos oficiais superiores das Forças Armadas "serão revisados com base na meritocracia, nos padrões, na letalidade e no compromisso com as ordens legais".
Além disso, a segurança nas fronteiras é uma prioridade para o presidente, que na segunda-feira, em seu primeiro dia de novo mandato, declarou estado de "emergência nacional" na fronteira com o México para reforçar os controles na região.
Fagan estava à frente da Guarda Costeira desde 2022 e anteriormente ocupou cargos como o de vice-comandante da força.
"Ela serviu em todos os continentes, desde as neves da Ilha de Ross, na Antártica, até o coração da África, de Tóquio a Genebra, e em muitos portos ao longo do caminho", destacou uma versão arquivada de sua biografia, que já não está disponível no site da Guarda Costeira.
H.Romero--AT