Arizona Tribune - Putin está 'pronto' para falar com Trump sobre conflito na Ucrânia

Putin está 'pronto' para falar com Trump sobre conflito na Ucrânia
Putin está 'pronto' para falar com Trump sobre conflito na Ucrânia / foto: Grigory SYSOYEV - POOL/AFP

Putin está 'pronto' para falar com Trump sobre conflito na Ucrânia

O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira (24) que estava "pronto" para discutir o conflito na Ucrânia com seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, depois que o líder americano se demonstrou favorável a um encontro.

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"Não entrarei em detalhes, mas só posso dizer que o atual presidente declarou sua disposição de trabalhar em conjunto", disse Putin. "Sempre dissemos, e quero enfatizar mais uma vez, que estamos prontos para tais negociações sobre as questões ucranianas", acrescentou ele, respondendo a um jornalista da televisão estatal russa.

A Presidência ucraniana, por sua vez, rejeitou qualquer discussão sobre "a Ucrânia sem a Ucrânia".

O conflito prejudicou as relações entre a Rússia e os Estados Unidos e, durante a campanha eleitoral, o republicano prometeu encerrar rapidamente os conflitos, mas sem dar detalhes.

Putin e Trump afirmam que estão prontos para se reunir para negociar sobre a Ucrânia. No entanto, o presidente dos EUA ameaçou a Rússia com sanções mais rigorosas se Moscou não concordar em acabar com o conflito.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que não poderia comentar detalhes sobre uma possível reunião e afirmou que "é difícil ler a borra do café" para prever o futuro.

Peskov não esboçou nenhum cronograma nem especificou qual seria a estrutura de uma reunião entre os dois líderes, depois que Trump disse na quinta-feira que estava disposto a se encontrar com Putin "imediatamente".

"A cada dia que passa sem que nos encontremos, soldados morrem nas linhas de frente", disse Trump a repórteres no Salão Oval.

Trump afirmou que o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, "está disposto a negociar um acordo". "Eles querem parar", disse ele.

Os Estados Unidos foram, até o momento, o principal apoio militar da Ucrânia, uma ajuda que o republicano criticou várias vezes.

Trump também ameaçou endurecer as sanções contra a economia da Rússia se o país não concordar em encerrar a ofensiva, que começou há quase três anos.

"Se eles não acabarem com essa guerra logo, quase imediatamente, vou impor tarifas enormes à Rússia, taxas enormes e sanções severas", alertou o presidente republicano em uma entrevista à Fox News transmitida na quinta-feira.

Putin elogiou, nesta sexta-feira, o caráter "pragmático" e "inteligente" de Trump e disse que a "crise na Ucrânia" de 2022, ano do início do conflito, poderia ter sido evitada se ele "fosse o presidente, se não tivessem lhe roubado a vitória em 2020".

- Três mortos perto de Kiev -

Desde a posse de Trump, nenhum dos lados mostrou sinais de redução das hostilidades.

Um bombardeio russo perto de Kiev deixou três mortos e vários feridos, disseram as autoridades ucranianas nesta sexta-feira.

O Ministério da Defesa russo afirmou ter derrubado 120 drones ucranianos em 12 regiões, incluindo Moscou.

A agência estatal da Ucrânia que monitora prisioneiros de guerra afirmou que a Rússia entregou os corpos de 757 soldados às autoridades, uma das maiores operações de repatriação no conflito de quase três anos.

As promessas de Trump de acabar com o conflito levantaram temores de que a Ucrânia possa ser forçada a fazer grandes concessões territoriais à Rússia.

As tropas russas avançam lentamente na frente leste há vários meses e estão perto da cidade de Pokrovsk, uma posição-chave para a logística militar e a indústria do carvão.

Zelensky sempre foi hostil a qualquer negociação com a Rússia, mas se abriu ao diálogo, desde que receba fortes garantias de segurança das potências ocidentais.

A Rússia exige que a Ucrânia desista de suas aspirações de adesão à Otan e tenta manter os territórios ucranianos cuja anexação reivindica.

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H.Gonzales--AT