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Hamas informa nomes das quatro mulheres israelenses que serão libertadas no sábado
O grupo islamista Hamas informou nesta sexta-feira (24) os nomes de quatro mulheres militares israelenses que deverão ser libertadas no sábado como parte da segunda troca de reféns por prisioneiros palestinos, no contexto da trégua na Faixa de Gaza.
"Como parte da troca de prisioneiros, as Brigadas [Ezedin] al Qassam decidiram libertar [no sábado] quatro mulheres soldados", disse Abu Obeida, porta-voz do braço armado do Hamas, em uma mensagem no Telegram nesta sexta-feira.
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou pouco depois ter recebido, por meio de mediadores, uma "lista de reféns", sem dar mais detalhes.
As quatro reféns, mantidas em cativeiro em Gaza desde 7 de outubro de 2023, serão trocadas por um número não especificado de prisioneiros palestinos detidos por Israel.
"As Brigadas al Qassam e outros grupos (...) libertarão as quatro prisioneiras no sábado" e as entregarão ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), disse uma fonte próxima ao Hamas sob condição de anonimato, sem especificar o horário.
A primeira fase da trégua, iniciada no domingo e com duração prevista de seis semanas, deve permitir a libertação de um total de 33 reféns em troca de cerca de 1.900 prisioneiros palestinos.
Três mulheres foram libertadas no último fim de semana em troca de 90 palestinos.
- A trégua se mantém -
O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 resultou na morte de 1.210 pessoas do lado israelense, a maioria civis, segundo um levantamento da AFP baseado em dados oficiais.
Das 251 pessoas sequestradas, 91 continuam em Gaza, sendo que 34 delas, de acordo com o exército, faleceram. O Hamas anunciou a morte de outros reféns, mas Israel não confirmou essa informação.
Como represália ao ataque de 7 de outubro, Israel lançou uma ofensiva devastadora na sitiada Faixa de Gaza, que causou ao menos 47.283 mortes, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.
Desde o início da trégua no domingo, de maneira geral, o cessar-fogo tem sido respeitado. A trégua foi negociada com a mediação do Egito, Catar e Estados Unidos.
Conforme o acordo, após a libertação dessas quatro novas reféns, os milhares de deslocados no sul da Faixa de Gaza "começarão a retornar ao norte", afirmou o porta-voz do Hamas, operação que será supervisionada no local por um comitê egípcio-catari.
- Israel continuará retirando suas tropas do Líbano -
Na outra frente do conflito, entre Israel e o Hezbollah no sul do Líbano, a trégua de 60 dias que entrou em vigor em 27 de novembro de 2024 está prestes a expirar.
Apesar disso, Netanyahu afirmou que a retirada de suas tropas do sul do Líbano "continuará" além dos 60 dias previstos.
O acordo estipula a retirada das tropas israelenses e o recuo do Hezbollah ao norte do rio Litani, permitindo posteriormente o envio do exército libanês e das forças de paz da ONU para a região.
O presidente libanês, Joseph Aoun, pediu que a retirada israelense seja realizada "dentro dos prazos estabelecidos" e denunciou "a continuidade das violações israelenses", como "a destruição de casas e a devastação de aldeias fronteiriças".
- "Métodos de guerra" na Cisjordânia -
Na Cisjordânia ocupada, soldados israelenses continuaram nesta sexta-feira pelo quarto dia com a operação "Muro de Ferro" em Jenin, um dos bastiões da resistência palestina.
Centenas de palestinos abandonaram na quinta-feira o extenso campo de refugiados dessa localidade no norte desse território, ocupado por Israel desde 1967.
A ONU denunciou o uso de "métodos de guerra" e "o uso ilegal de força letal" por parte de Israel.
O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos informou que 12 palestinos morreram e cerca de 40 ficaram feridos, indicando que "a maioria deles aparentemente estava desarmada".
O.Ortiz--AT