Arizona Tribune - Ruanda inicia ensaio clínico de tratamento contra vírus de Marburg

Ruanda inicia ensaio clínico de tratamento contra vírus de Marburg
Ruanda inicia ensaio clínico de tratamento contra vírus de Marburg / foto: CHRISTOPHER BLACK - WORLD HEALTH ORGANIZATION/AFP

Ruanda inicia ensaio clínico de tratamento contra vírus de Marburg

Ruanda iniciou o primeiro ensaio clínico para o tratamento do vírus de Marburgo, que é similar ao ebola e matou 13 pessoas no país, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (15).

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"Notícias encorajadoras de Ruanda", publicou na rede social X o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Ele exaltou o início, no país africano, do "primeiro ensaio clínico mundial do vírus de Marburgo", em colaboração com a OMS, utilizando medicamentos empregados no tratamento da covid-19.

O surto do vírus de Marburgo foi anunciado em Ruanda no final de setembro e, pouco depois, teve início um programa de vacinação com um imunizante em fase de testes.

O órgão de saúde da União Africana disse na semana passada que o surto está controlado. Até então, o pequeno país africano havia registrado 58 casos da doença com 13 mortos, indicou o ministro da Saúde de Ruanda, Sabin Nsanzimana.

O vírus de Marburgo é transmitido aos humanos através de morcegos frugívoros e é parte da família dos filovírus, que inclui o ebola.

Com uma taxa de letalidade de até 88%, a doença de Marburgo causa uma febre hemorrágica altamente infecciosa, habitualmente acompanhada por sangramento e falência de órgãos.

Atualmente, não há vacinas ou tratamentos antivirais aprovados, embora existam tratamentos potenciais sob avaliação.

A OMS disse na rede X que o novo ensaio clínico "envolve testes de segurança e eficácia do Remdesivir, um antiviral utilizado no tratamento da covid-19, e do MBP091, um anticorpo desenvolvido especialmente para combater o vírus de Marburgo".

"Este ensaio é o resultado de dois anos de trabalho de cerca de 200 pesquisadores, desenvolvedores, autoridades de saúde e parceiros globais e de 17 países africanos em risco de surto de filovírus, como ebola e Marburgo", acrescentou.

A.Moore--AT