Arizona Tribune - Ponte aérea começa a funcionar para auxiliar região de Acapulco após furacão

Ponte aérea começa a funcionar para auxiliar região de Acapulco após furacão
Ponte aérea começa a funcionar para auxiliar região de Acapulco após furacão / foto: Guillermo RIVAS PACHECO, Jean-Michel CORNU, Anibal MAIZ CACERES - AFP

Ponte aérea começa a funcionar para auxiliar região de Acapulco após furacão

Uma ponte aérea para retirar turistas e moradores e levar ajuda humanitária para a região portuária mexicana de Acapulco começou a funcionar nesta sexta-feira (27) no aeroporto da cidade, devastada pelo poderoso furacão Otis, que deixou pelo menos 27 mortos.

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Durante a coletiva de imprensa matinal presidencial, o secretário de Defesa, Luis Cresencio Sandoval, detalhou que durante a manhã estavam programados três aviões, pois a pista do terminal aéreo não registra maiores danos.

"O aeroporto de Acapulco já foi recuperado para uma ponte aérea (...) com voos diurnos das linhas comerciais para retirar turistas e a população local e médicos especialistas irão chegar", detalhou o funcionário.

Otis, que na madrugada de quarta-feira chegou à região como um furacão de categoria 5, a maior na escala Saffir-Simpson, com ventos sustentados de 270km/h, é o furacão mais poderoso a atingir o estado de Guerrero, na costa do Pacífico, além de ter se fortalecido em poucas horas.

- Turistas aliviados -

Uma equipe da AFP constatou a chegada de dezenas de pessoas, com malas e mochilas, para serem retiradas pelos aviões.

"Estamos muito felizes e contentes, agradecidos com a vida que nos dá a oportunidade de continuar", disse à AFP Clara Elena Albo, originária da capital e que estava de férias com o marido.

O terminal aéreo foi severamente destruído, com dezenas de vidros quebrados e outros destroços. A torre de controle e os sistemas de navegação também ficaram inutilizáveis, portanto os voos serão visuais.

As estradas nos arredores do aeroporto, uma região conhecida como Punta Diamante, onde estão localizados grandes hotéis e condomínios de luxo, ainda apresentavam os estragos do furacão com edifícios destruídos, postes e árvores caídas.

Também foram registrados danos em 80% dos hotéis desse porto que vive essencialmente do turismo, além de ter deixado inúmeras lojas e casas em ruínas e ruas inundadas de lama.

Grande parte de Acapulco permanece sem luz e sinal de telefonia. Houve também escassez de alimentos, o que provocou saques de supermercados. Como parte da ponte aérea, está prevista a chegada de 40 toneladas de alimentos ainda nesta sexta-feira.

A região portuária, onde vivem cerca de 780 mil pessoas, havia registrado milhares de turistas no local, com uma ocupação de 50% dos 20 mil quartos do hotel.

O número de mortos mantém-se estável em 27, enquanto prosseguem as buscas por quatro desaparecidos, três deles da Marinha.

"Lamentavelmente, houve a perda de vidas humanas (...) mas não foram tantas ante um fenômeno tão forte e tão impactante", disse o presidente Andrés Manuel López Obrador.

Ante a tragédia, o papa Francisco enviou um telegrama no qual expressa suas condolências, informou o Vaticano.

O sumo pontífice "oferece calorosos votos pelo eterno descanso dos falecidos, e pede ao senhor que faça chegar seus pêsames aos familiares dos mortos", aponta.

A mídia mexicana, as redes sociais e os grupos de mensagens estão inundados com ligações de pessoas em busca de notícias de seus familiares, enquanto o Exército forneceu alguns telefones via satélite para os residentes se comunicarem com seus entes queridos.

Dois outros furacões atingiram o Pacífico mexicano em outubro: Norma, que deixou três mortos em Sinaloa (noroeste), e Lídia, com duas mortes em Jalisco e Nayarit (oeste).

L.Adams--AT